Dentro do mundo jurídico existe uma espécie inquietante de Doutor(a): os(as) donos(as) das leis e do conhecimento. Esses ditos doutores atuam em dois âmbitos distintos: dentro da academia ou dentro dos órgãos públicos e privados do mundo jurídico. O primeiro desses doutores atuam na academia, ocupando o locus da Universidade, fizeram pós-graduação, mestrado, doutorado e, muitos deles, até lecionam na Universidade. O mais irônico disso tudo, é que muitos deles recebem a denominação de "professor" ou "professora", sem nem se preocuparem em exercer essa maravilhosa profissão ou sem nem se preocuparem em vivenciar e construir, de fato, o ambiente universitário. Aliás, muitos deles atuam na Universidade Pública, sem nem se preocuparem em construir uma Universidade, efetivamente, pública, e não estatal ou privada. Perpetuam uma educação bancária e emburrecedora. Reafirmam a (i)lógica produtivista do Currículo
Pensando no design do blog, fiz uma montagem com fotos de pessoas que me inspirassem. Na imagem - localizada na parte superior do blog - está o Freud, O Trabalhador (representando a luta de classes e as desigualdades sociais decorrentes da exploração de uma classe sobre a outra), Saramago, O Índio (representando os primórdios da nascença do Brasil e a pulsão pela cultura genuinamente tupininquim e latinoamericana), Enrique Dussel, Chico Buarque, Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Tal imagem me causou/a muito incômodo, pois só há uma mulher. Pensei, assim, em colocar uma figura feminina como índia e trabalhadora, mas não o fiz. Pois ao fazer isso, pensei que estaria colocando novamente as mulheres como vítimas e marginalizadas. É com esse incômodo, então, que a imagem me fez refletir o quanto a literatura e o conhecimento acadêmico são predominantemente protagonizados por homens. E na minha condição de mulher preocupada em criticar a realidade vigente e enga